"Que a estrada se abra a sua frente,

Que o sol brilhe morno sobre sua cabeça;

Que a chuva caia de mansinho sobre seu corpo;

Que o vento sopre leve em sua face;

E até que nos encontremos novamente;

Que os Deuses te guardem na palma de suas mãos..."

domingo, 22 de maio de 2011

                                               

        O Vestido Azul

Num bairro pobre de uma cidade distante, morava uma garotinha muito bonita. 
Acontece que essa menina freqüentava as aulas da escolinha local no mais lamentável estado: suas roupas eram tão velhas que seu professor resolveu dar-lhe um vestido novo. 
Assim raciocinou o mestre: "é uma pena que uma aluna tão encantadora venha às aulas desarrumada desse jeito. 
Talvez, com algum sacrifício, eu pudesse comprar para ela um vestido azul." 
Quando a garota ganhou a roupa nova, sua mãe não achou razoável que, com aquele traje tão bonito, a filha continuasse a ir ao colégio suja como sempre, e começou a dar-lhe banho todos os dias, antes das aulas. 
Ao fim de uma semana, disse o pai: 
"Mulher, você não acha uma vergonha que nossa filha, sendo tão bonita e bem arrumada, more num lugar como este, caindo aos pedaços? 
Que tal você ajeitar um pouco a casa, enquanto eu, nas horas vagas, vou dando uma pintura nas paredes, consertando a cerca, plantando um jardim?" 
E assim fez o humilde casal. 
Até que sua casa ficou muito mais bonita que todas as casas da rua e os vizinhos se envergonharam e se puseram também a reformar suas residências. 
Desse modo, todo o bairro melhorava a olhos vistos, quando por isso passou um político que, bem impressionado, disse: 
"É lamentável que gente tão esforçada não receba nenhuma ajuda do governo". 
E dali saiu para ir falar com o prefeito, que o autorizou a organizar uma comissão para estudar que melhoramentos eram necessários ao bairro. 
Dessa primeira comissão surgiram muitas outras e hoje, por todo o país, elas ajudaram os bairros pobres a se reconstruírem. 
E pensar que tudo começou com um vestido azul. 
Não era intenção daquele simples professor consertar toda a rua, nem criar um organismo que socorresse os bairros abandonados de todo o país. 
Mas ele fez o que podia, ele deu a sua parte, ele fez o primeiro movimento, do qual se desencadeou toda aquela transformação. É difícil reconstruir um bairro, mas é possível dar um vestido azul. 
Autor desconhecido 

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